Instituto Brasileiro de Museus

Museu da Abolição

Museu da Abolição encerra ano com grande exposição

Museu da Abolição encerra ano com a exposição DIÁSPORA do artista plástico Josafá Neves, com abertura no dia 16.12 às 19hs

publicado: 06/12/2016 11h45, última modificação: 11/12/2017 18h24

003Encerrando as atividades de 2016, o Museu da Abolição inaugura no dia 16 de dezembro a Exposição Diáspora, do artista plástico brasiliense Josafá Neves. A exposição ficará em cartaz até maio de 2017 e apresenta 30 obras que refletem diferentes momentos da dispersão dos povos africanos no Brasil.

A exposição com pinturas, gravuras e esculturas é fruto de uma extensa pesquisa sobre o tema diáspora realizada pelo artista, durante quatro anos, em que seleciona “ícones da Diáspora Negra” no Brasil.  Com cores vibrantes e traços singulares, desenvolvidos ao longo da sua aprendizagem autodidata, o artista dá visibilidade a suntuosa herança cultural afro-brasileira com seus inúmeros realizadores nos domínios da música, literatura, artes plásticas, ativismo político e religiosidade.

A exposição contribuirá para fortalecer os laços de pertencimento e de identidade cultural afrodescente dos visitantes da exposição, uma vez que propõe uma reflexão sobre a herança intangível da diáspora africana no Brasil e sua contribuição para a formação da sociedade brasileira. A paleta do artista força-nos a apreender a afirmação do negro e sua potência resoluta ao pintar o patrimônio imaterial da cultura negra no Brasil de forma poética, política e autêntica.

Sobre o artista

Josafá Neves, artista plástico autodidata, dedica-se integralmente às artes desde 1996. A sua pintura tem como peculiaridade as pinceladas negras, as quais expressam suas dores e sabores com firmeza, paixão e traços distintos. Realizou sua primeira exposição individual “Maternidade”, em 2003, na Galeria do Teatro Dulcina (Brasília/DF). Até o momento, já são 16 exposições individuais e  18 coletivas. Em 2012 foi selecionado para o Festival Latino-Americano e Africano de Arte e Cultura promovido pela Universidade de Brasília, onde realizou a exposição “Diáspora”.  Em 2015, com outros artistas de Brasília, participou da coletiva “Acercamientos”, mostra paralela da 12ª Bienal de Havana com as obras “Negreiros 1, 2, e 3”, nas quais expressa o sofrer do povo negro no trajeto do continente africano para a bestialógica escravidão brasileira. Em julho de 2015, Josafá Neves foi selecionado para a I Bienal Del Sur, realizada na Cidade de Caracas, Venezuela, cuja temática é “Pueblos em Resistencia”. Em 2016, expôs na Galeria Athos Bulcão, Brasília/DF, a amostra “Diáspora”.

 

Texto: Eduarda Nunes