Instituto Brasileiro de Museus

Museu da Abolição

Exposições

Exposição em Processo
Exposição em Processo. Foto de Silvania Nobre.

As exposições do Museu da Abolição dialogam com a sua missão, visão, valores e objetivos estratégicos. O MAB vem, desde 2010, construindo um diálogo constante com a sociedade, contado com sua participação na elaboração de projetos expositivos, seja de forma direta ou indireta. Um grande marco dessa construção colaborativa foi a Exposição em Processo (2010-2013), que contou com a participação de vários representantes de diversos movimentos sociais, lideranças de religiões de matriz africana, educadores, profissionais da área de museus, estudantes e cidadãos interessados no tema e nos objetivos da instituição.

Para além da experiência da Exposição em Processo, é intenso o diálogo e a participação da comunidade nos projetos expositivos, ações educativas e culturais do Museu. Essa relação ocorre de diferentes formas, seja quando a comunidade atua como proponente, situação em que ela apresenta projetos de exposições já com recortes temáticos de interesse da instituição ou quando participam como articuladores – quando são chamados para uma construção coletiva junto ao Museu.

Oficina expográfica – Exposição em Processo (2010)

As exposições produzidas pela equipe do Museu, são frutos de uma construção coletiva da equipe técnica, administrativa e direção, muitas vezes contando com a participação de especialistas externos ou da comunidade local. A escolha da temática normalmente converge com as linhas de atuação do Museu. A partir dessa escolha, a equipe da museologia fica responsável pela seleção dos objetos e produção expográfica.

Exposições itinerantes e virtuais

O MAB trabalha com mostras de acervo, exposições de curta duração e exposições itinerantes, tendo a última itinerância sido realizada em 2016 na Biblioteca Central da Universidade Federal de Pernambuco.

Em relação a exposições virtuais, o Museu participou de projeto lançado em novembro de 2017 – em parceria com o Museu Afro Digital e com financiamento do FUNCULTURA/Governo do Estado de Pernambuco – que produziu uma exposição virtual com os objetos sacros afro-brasileiros fruto de apreensões policiais nos terreiros de candomblé de Recife na década de 1920: a exposição Repatriação Digital do acervo Afro Pernambucano sob a guarda do Centro Cultural São Paulo.

Como fazer uma proposta de exposição no MAB?

Apesar de ainda não possuir uma política de exposições consolidada, obedecer a missão institucional, visão e objetivos estratégicos do Museu é uma condição imprescindível para realização de qualquer exposição.

Exposição Afrobrasileira Axé Vodun.

O MAB possui 03 (três) salas expositivas no pavimento térreo e 06 (seis) no pavimento superior, sendo as do pavimento térreo destinadas às exposições de curta duração e as do piso superior reservadas para exposições de longa duração. O tempo de duração das exposições é definido pela equipe técnica, quando a concepção, produção, custeio e montagem das exposições são de responsabilidade do Museu; quando se trata de uma pauta externa, os períodos de duração são previamente combinados, não havendo um critério mínimo ou máximo de tempo.

O MAB não conta, nesse momento, com recursos financeiros para custear inteiramente exposições externas, mas eventualmente pode contribuir na realização das propostas mediante elaboração de projetos básicos e apreciação do seu órgão gestor, o Ibram. No entanto, todas as equipes do museu colocam-se à disposição para colaborar tecnicamente com os projetos expositivos. É possível também a realização de colaborações e permutas entre pessoas físicas e instituições. As exposições vindas de demandas externas devem apresentar um projeto simples, com temática, objetivos, justificativa, público, período de execução e duração, objetos a serem expostos e/ou instalações a serem realizadas. O projeto será então analisado pela direção e núcleo técnico, para avaliação de atendimento aos critérios, estrutura do espaço, segurança e linguagem narrativa.

Exposição O Santo é de Barro

É possível ainda apresentar propostas de exposições, ações culturais e educativas em editais públicos e privados de fomento a arte, cultura, memória, patrimônio, direitos sociais ou ambientais. Para isso, a equipe do MAB encontra-se à disposição para uma elaboração participativa dos projetos, ou ainda, dependendo da proposta, com cartas de anuência e apoio.