O Museu da Abolição (MAB) promove, durante o período de 18 a 25 de março de 2017, a Oficina de Higienização e Conservação do Acervo de Arte africana. A atividade acontece em parceria com o Museu Histórico Nacional, que disponibilizou o restaurador Reinaldo Halm para coordenar as ações; com o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional de Pernambuco (IPHAN/PE), que liberou os servidores Everaldo José de Mello, Maria Cristine Soares e Edson Félix para participar da oficina; e do curso de Museologia da Universidade Federal de Pernambuco (DAM/UFPE), que indicou as estudantes Camila Santos e Suenia Pimentel para fazer parte da oficina. Além destes, as museólogas do Museu da Abolição, Daiane Carvalho e Daisy Santos e o estagiário de museologia do MAB, Raimundo Batista participam das atividades.
As obras que recebem as intervenções foram doadas ao MAB, em dezembro de 2016, pela Receita Federal, por meio do acordo de cooperação estabelecido pela Lei 12.840/2013, com o IBRAM. A lei destina bens de valor cultural, artístico ou histórico de patrimônio da União aos museus federais.
As atividades da oficina foram dividas em 4 ações: higienização mecância (com o uso de trinchas, espátulas, algodão); descupinização (com uso de vários compostos químicos, os quais também são usados nas intervenções das obras do Museu Histórico Nacional); identificação das peças, de acordo com a numeração do processo de doação; e pequenas intervenções de restauro nos objetos que forem identificados a necessidade. Após a conclusão deste processo, a equipe técnica do Museu da Abolição irá consolidar a documentação de todos os objetos. A partir deste momento será iniciado um projeto de pesquisa para constituir o histórico de cada uma das peças. Além disto, todo o acervo será apresentado ao público, por meio de uma mostra.
Texto: Eduarda Nunes
Fotos: Eduarda Nunes