Ontem (22), a diretora do Museu da Abolição(MAB), Maria Elisabete Arruda de Assis, esteve na abertura do I Seminário de Brinquedos Populares. O Seminário aconteceu no Centro de Criação Galpão das Artes, em Limoeiro, e teve como iniciativa o resgate e a valorização de brinquedos populares como forma de guardar e lembrar os costumes e tradições populares através de atividades lúdicas.
A mesa de abertura foi intitulada de “Brinquedos Populares Tradicionais – Um Recorte Da Cultura Da Infância” e, além de Maria Elisabete, também compuseram a mesa o produtor cultural Afonso Oliveira, os bonequeiros Maria Oliveira e Miro dos Bonecos, a representante do Conselho Estadual dos Direitos da Criança e do Adolescente (CEDCA/PE) Márcia Santos, a secretária municipal de Educação e Esportes de Limoeiro, Maria Oliveira, a representante da Associação Das Mulheres Guerreiras de Camaragibe, Ceça Santos e o representante da Associação Pernambucana de Arteterapia (ARTEPE), Feliciano Félix. “O tema é de extrema relevância para a sociedade contemporânea, diante do crescimento dos brinquedos industrializados, eletrônicos e virtuais, que são cada vez mais utilizados pelas crianças principalmente pelo estímulo da sociedade do consumo. Conversar sobre brinquedos e brincadeiras populares nos levou a refletir sobre a formação e o futuro de nossas crianças”, defende a diretora do MAB.
O convite de Fábio André, organizador e gestor do ponto de memória [o Centro de Criação Galpão das Artes] fortalece a parceria estabelecida entre as duas instituições, desde 2014, e “nos deu a oportunidade de apresentar os projetos desenvolvidos pelo Museu da Abolição, em particular a Ludoteca, à um público que está voltado para a educação e o desenvolvimento infantil”, relata Maria Elisabete. O evento contou com a participação de professores, alunos de pedagogia, gestores públicos de educação e cultura, binquedistas, artesãos, das cidades do Recife, Surubim, Limoeiro e Camaragibe.
Nesta ocasião, o Museu da Abolição recebeu a doação de alguns brinquedos do Galpão das Artes (roi-roi; peteca e tambor), além de um “mané-gostoso”, em homenagem a Ariano Suassuna, do artesão Jorge Araújo, que tem produzido e divulgado este brinquedo, acrescentando a sua arte a esta tradicional peça lúdica da cultura popular nordestina. Os brinquedos doados passarão a compor a Ludoteca do Museu da Abolição.