
O Museu da Abolição defende a utilização do patrimônio cultural como um referencial para o exercício da cidadania e do desenvolvimento social por meio do processo educativo, utilizando, para tanto, uma proposta de trabalho pautada no diálogo, no argumento e em contextos interativos, embasando sua atuação pedagógica na concepção de patrimônio cultural como referencial ou elo entre Museu e sociedade.
Entendemos que essa é uma instituição a serviço do desenvolvimento da comunidade, que preserva, investiga e comunica o patrimônio cultural e que cada vez mais expande suas atividades, colocando a comunidade no foco de suas ações. São espaços que fomentam o conhecimento, a experiência e a troca entre os diferentes grupos humanos, não funcionando apenas como um local de recolhimento de informações, mas também de desenvolvimento de ideias, especialmente no campo não-formal da educação. Ao utilizar os objetos (acervos) ou elementos expográficos como suporte, torna-se um lugar privilegiado para que o visitante possa fazer a sua leitura de mundo de forma crítica e, ao mesmo tempo, lúdica.
O conjunto de atividades educativas do MAB parte da premissa de que o visitante, independente de raça, gênero, idade, religião ou classe social, traz em si mesmo um aporte significativo de conhecimentos e pode também contribuir de forma relevante para a construção da narrativa institucional, bem como indicar as possibilidades de representação desta narrativa para o público.

O MAB se coloca como responsável por ampliar o horizonte de percepção dos seus visitantes a respeito da história e cultura afro-brasileira, disciplinas tornadas obrigatórias no currículo escolar a partir de janeiro de 2003, quando foi sancionada a Lei 10.639/2003. Reconhecendo a fragilidade das discussões acerca do patrimônio cultural afro-brasileiro nas escolas do ensino fundamental e médio, o MAB busca, através das suas ações educativas, contribuir para facilitar esse debate tanto dentro quanto fora das salas de aula.
A política educativa do MAB consiste na defesa de que a construção e decisão acerca do patrimônio que deve estar representado nas salas do Museu é um processo coletivo e uma prática educativa, por meio da qual o participante não apenas lida com questões ligadas à identidade cultural, como também trata da defesa e preservação do seu patrimônio cultural e memória, eleva sua autoestima e pratica a cidadania. As ações educativas, assim como todas as demais atividades realizadas pelo Museu da Abolição, têm como objetivo maior fortalecer a sua relação com a comunidade de modo que esta reconheça e valorize este espaço à medida em que ele consiga cumprir a contento a sua função social, construindo redes de colaboração e dialogando para além de suas fronteiras.
Ludoteca

Na Ludoteca do Museu da Abolição, o visitante encontra jogos e brincadeiras inspirados na cultura africana e afro-brasileira.
Inaugurada no dia 22 de novembro de 2014, a Ludoteca é um projeto pioneiro no Estado e funciona de forma permanente, visando ampliar e diversificar a oferta de atividades do museu para oferecer à população um ambiente de práticas lúdicas e educativas, nas quais são abordadas várias questões e temáticas ligadas à cultura afrobrasileira.
A Ludoteca é um espaço com acesso gratuito, para atrair e integrar todos os públicos. O projeto de implantação se deu por meio de recursos do Fundo Pernambucano de Incentivo à Cultura (Funcultura), com a produção executiva do Bureau de Cultura.
A ambientação da sala, assinada pelas arquitetas Kate Saraiva e Graciely Nery, abrigam objetos, brinquedos e jogos que compõem o acervo da Ludoteca. “O museu já tinha disponível um espaço físico para tal, porém encontrava-se em desuso. E o projeto visou justamente aproveitar esse espaço de modo que ele esteja permanentemente oferecendo aos visitantes, sobretudo crianças e adolescentes, atividades lúdicas e de lazer a fim de preservar a memória do lugar, aproximando-os da sua história, identidade e manifestações culturais” pontua a turismóloga e produtora, Clarisse Fraga, diretora do Bureau de Cultura.

A originalidade e inovação da Ludoteca, em sua dinâmica de funcionamento se consolidou como um espaço de interação, ludicidade, recreação e formação, no qual os visitantes tem a oportunidade de aproximar-se da temática proposta pelo museu enriquecendo suas interações sociais e exercendo a cidadania.
O projeto foi constituído por uma primeira etapa de pesquisa elaborada por uma equipe de historiadores e antropólogos sobre cultura afrobrasileira com foco em brinquedos e brincadeiras. Depois, foi a vez dos brinquedistas (profissionais da área de recreação e lazer) entrarem em ação para selecionar e criar as brincadeiras baseadas nas pesquisas desenvolvidas pelos historiadores e antropólogos.
A Ludoteca do MAB tem o mesmo horário de funcionamento do museu.
Para mais informações e agendamentos: (81) 3228.3248 e (81) 3228.3903.
Visitação

A visitação ao Museu da Abolição pode ser feita de segunda a sexta-feira, das 9h às 17h, e aos sábados, das 13h às 17h. O visitante pode conhecer o museu por conta própria ou solicitar o acompanhamento de um dos nossos mediadores. Solicitamos, todavia, a atenção do visitante quanto à Política de Acesso ao MAB:
- A entrada no Museu é gratuita;
- É permitido fotografar e filmar para fins não comerciais;
- Pessoas com deficiência podem requerer assistência à nossa equipe;
- Não é permitida a entrada de animais, exceto cão-guia;
- Visitas de grupos e, ou de estudantes devem ser previamente agendadas, junto ao setor Educativo;
- Caso tenha agendado a sua visita, dirija-se à recepção;
- A consulta ao nosso acervo documental e bibliográfico encontra-se temporariamente indisponível.
- O Museu fecha para limpeza toda segunda segunda-feira do mês.
Todavia, em função da pandemia global de COVID-19 e das intervenções da obra de restauro e reforma do Casarão e área externa (iniciadas em julho de 2020), as atividades de visitação ao MAB estão suspensas por tempo indeterminado.