O Departamento de Artes, do Centro de Artes e Comunicação – CAC (UFPE), em parceria com o Museu da Abolição, apresenta a exposição coletiva “CULTURAS AFRICANAS: arte, mitos e tradições”, que foi aberta à visitação no ultimo dia 12 de agosto e ficará em exibição até 09 de novembro, aqui no MAB. Depois do sucesso da primeira edição, em 2015, a 2º edição da mostra apresenta o resultado das pesquisas, desenvolvidas durante o curso de modelagem em argila, sobre – um pouco – da cultura tradicional africana e suas representações. A exposição se apresenta em forma de releituras totens, máscaras, escudos, objetos rituais, de uso lúdico e utilitário. Algumas peças originais de vestuário da nobreza tradicional, também fazem parte da expografia, propondo uma imersão.
Mesmo o Museu da Abolição tendo 111 peças no seu acervo, legitimas do continente africano, em exibição na exposição “Novos Objetos, Novas Coleções”; se constata a importância de aproximar, ainda mais, as pessoas da cultura africana e afro-brasileira. Percebendo, infelizmente, a ausência de olhares mais sensíveis e a reverberação de África como produtora de concepções primitivas. “Essa exposição, fruto do trabalho coletivo de pesquisa sobre a cultura material dos diversos grupos étnicos africanos, contribui para uma conscientização da potencialidade estética, histórica, artística e cultural presente no continente africano”, afirma Daiane Carvalho, diretora do Museu da Abolição.
O projeto tem a direção da professora Suely Cisneiros Muniz, do Departamento de Artes, do Centro de Artes e Comunicação da UFPE; e orientação e curadoria do professor Paulo Lemos de Carvalho, pesquisador em Antropologia da arte tradicional africana, além dos 16 pesquisadores do CAC. Uma imersão na antropologia, geopolítica, história e riqueza estética africana, propondo uma revisão de conceitos, muitas vezes estereotipados da África e dos africanos. Apreciar um objeto de origem africana, de qualquer uma das suas muitas sociedades, é ler a história, ouvir a voz do coletivo e dos antepassados. Podendo ser um objeto de testemunho de um período em que nossas mentes contemporâneas não conseguem alcançar.